Legislação e Políticas em Educação
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Tulio Sene
Tulio Sene
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Qui Abr 08, 2021 11:02 am
SEEDUC REMOVE VIDEOAULA EM QUE PROFESSOR QUESTIONA RACISMO NO BRASIL
08/04/2021 10h28

A Secretaria de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc) removeu uma videoaula em que, durante aula de geografia, um professor questionou a existência do racismo no Brasil. O conteúdo estava disponível no aplicativo de ensino remoto da rede estadual fluminense, o Applique-se.
"Então quando muita gente fala pra mim sobre racismo, eu fico me perguntando: como racismo se a gente é tão misturado assim? Nosso processo é um processo diferente da grande maioria dos países.", disse o professor, não identificado, durante a aula que ficou disponível no aplicativo. "Nós somos um país miscigenado.", completou ele.
Em nota oficial, a Seeduc pediu desculpas e afirmou que "não compactua com qualquer forma de preconceito". A secretaria disse ainda que os materiais disponibilizados são elaborados pelos profissionais da rede e que há a atualização e a revisão dos conteúdos.
"Um novo material audiovisual, com conteúdo que condiz com a história e realidade brasileira acerca do tema, está sendo produzido e será colocado no aplicativo de educação remota Applique-se.", afirmou a nota.
O Applique-se é uma plataforma que disponibiliza videoaulas, podcasts e materiais para estudo remoto a professores e alunos da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. O acesso é gratuito e todos os estudantes têm os dados para acesso do aplicativo.

Link para o trecho do vídeo aqui.

Link para a matéria aqui.

Marcílio
Marcílio
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Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil Empty Infelizmente é uma realidade o racismo

Sex Abr 09, 2021 8:24 am
Infelizmente o racismo é uma realidade. E não estou falando apenas no Brasil, estou falando no mundo.
Diversos casos recentes nos mostram que ainda temos no mundo todo situações que nos mostram como o racismo ainda está dentro de cada um de nós, em maior ou menor intensidade.
O racismo acontece com qualquer pessoa que seja diferente daqueles que se acham classe dominante. Um exemplo é o racismo com os negros, com os pobres, com qualquer um que seja diferente.

Mas quero deixar aqui uma provocação: um negro usando uma camisa escrita "100% negro" é uma camisa que representa seu orgulho em ser negro, mas se um branco colocar uma camisa escrito "100% branco" vai preso por racismo em flagrante, quer dizer que o negro pode ter orgulho em ser negro, mas se o branco tiver orgulho de ser branco é racista? Estranho isso não é?

O racismo depende da cor da pele, depende da percepção das pessoas. será que um negro muito rico seria discriminado tanto quando um negro pobre? Será que o racismo não é algo também relacionado a classe social???

Sei que o negro, pobre é discriminado muito mais que o branco pobre, mas o que estou dizendo é que a classe social também influencia. Casos, por exemplo de homens negros ricos dirigindo carros luxuosos que são considerados somente como motoristas acontecem, e isso é fato que mostra como estamos com o "racismo" enraizado em nossa cultura.

É nossa responsabilidade como pessoas de referências para outras ensinarmos que cor de pele, classe social, diferenças físicas não fazem as pessoas melhores ou piores que outras. Comecemos isso com nossas crianças para no futuro termos atitudes racistas como algo do passado.

O racismo ainda existe, mas já avançamos muito, basta pesquisarmos e ver como as coisas evoluíram (pra melhor) nos últimos 60 anos aqui no Brasil e no mundo como um todo. E desejo que continuem melhorando.

Chega de racismo. Igualdade, direitos iguais, liberdade de ir e vir isso é direto para todos.

Abraços a todos.

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Tulio Sene
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Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil Empty Re: Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil

Sex Abr 09, 2021 11:30 am
Na minha perspectiva, não podemos nunca desconsiderar a história de mais longo prazo. Sem entender a colonização das américas, o papel dos negros desterrados para serem comercializados como mão de obra escrava e a forma como o processo de integração social dessa parte da população se deu após a abolição da escravidão, não poderemos entender o que diferencia a mensagem "100% negro" da mensagem "100% branco". No caso dos negros, a mensagem está associada a um movimento de libertação e emancipação de um povo historicamente dominado e subjugado, inclusive por teorias científicas racistas. Já no caso dos brancos, essa mensagem se associa a um movimento supremacista, que defende justamente o oposto, ou seja, a conservação da relação de dominação racial. Por melhor intenção que uma pessoa tenha ao usar uma camiseta com o escrito “100% branco”, a mensagem continuará associada às ideias supremacistas. Esse é o problema. O orgulho não se remete à pessoa em si, mas ao movimento histórico que a mensagem representa. E, sim, um negro muito rico seria menos discriminado do que um negro muito pobre, mas seria mais discriminado do que um branco muito rico. A questão racial, embora seja muito importante, não é o único fator de discriminação.

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Milena Amzalak
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Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil Empty Re: Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil

Sex Abr 09, 2021 8:58 pm
Eu concordo em dizer que somos um país miscigenado. Temos influência de várias raças.
O racismo não está apenas relacionado a cor da pele. Se formos falar de história, os judeus foram massacrados durante o holocausto independente da cor de sua pele, perderam seus familiares, seus lares, suas referencias, muitos mudaram até seu sobrenome, fugiram para diversas regiões, mas se restabeleceram.

Somos todos dotados de capacidades, o problema está em aceitar ser colocado como "inferior". Cotas não vão nos tornar iguais, na minha concepção o racismo, o preconceito e a discriminação já começam ai, não precisamos de "um" dia da consciência negra para nos lembrarmos da história. Situações como essa não diminuem o racismo.
Vidas negras importam sim. Mulheres assassinadas por seus parceiros importam, crianças mortas por padrastos ou madrastas importam. Todas as vidas são importantes, independente da cor de suas peles. Estamos falando de pessoas!
Vivemos uma realidade em que temos que nos policiar quanto as nossas ideias e pensamentos, porque uma palavra mal colocada ou interpretada de maneira errada nos rotula como racistas ou preconceituosos.

A pobreza, a fome, e a morte diante do momento que estamos passando, nos mostra exatamente isso, não importa sua cor, nem quanto dinheiro você tem, você está sujeito a adoecer e a falecer como qualquer um. E se diante disso as pessoas não refletirem e repensarem a respeito de seus valores, então, nunca teremos empatia por ninguém.

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Lethicia Leal
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Seg Abr 12, 2021 9:54 am
Bom dia colegas e professor!

Professor, esse fórum tá só na chapa quente ein? kkkk
Tenho um pouco de dificuldade de escrever sobre temas mais sensíveis por medo de não conseguir expor bem minha colocação sem os outros atributos que a oralidade nos ajuda, mas vamos tentar!

Primeiro naquela etimologia que sempre nos ajuda: racismo, como a colega falou bem aí em cima, é preconceito de raça.
1. Preconceito e discriminação direcionados a alguém tendo em conta sua origem étnico-racial, geralmente se refere à ideologia de que existe uma raça melhor que outra.
2. Sistema doutrinário ou político que estabelece a exaltação de uma raça, em detrimento das demais.

Vamos do macro pro micro então:
É racismo chamar o vírus de chinês, pois está associando algo ruim com um povo, com uma origem étnico-racial. Assim como é racismo usar termos como "amarelo", "china," "japa" sem que a pessoa em questão permita tais apelidos assim como alguns negros não se importam em serem chamados carinhosamente por algumas pessoas específicas do seu convívio de "nego", "preto", "preta". Se você não tem intimidade e não tem o consentimento da pessoa, simplesmente não chame. É falta de educação e racismo.
Partindo pra educação, nosso currículo é extremamente ocidentalizado e não temos nem a menor noção dos povos asiáticos e suas culturas. Deve ter uns 2 anos que fui entender a história de guerras, tentativa de colonização e opressão que envolvem China, Coréia, Japão e EUA. Deve ser muito ruim um coreano ser chamado de "Japa" sendo que o Japão já oprimiu muito o povo coreano no passado.
Sem saber a história, acabamos por sermos racistas por ignorância, "culposo".

No micro então, Brasil:
Na tentativa de minimizar ou erradicar o racismo aos negro por ignorância, se implementou a história africana no currículo brasileiro.
Louvável. A próxima implementação devia ser dos povos orientais.
Mas enquanto o racismo por ignorância é combatido na escola, na mídia, nas artes (isso leva tempo, uma formação de consciência leva um geração), devemos também combater o racismo "doloso". Aquele executado deliberadamente, conscientemente, friamente calculado e organizado em grupos criminosos. Tanto para o racismo ignorante quanto para o intencional temos previsão legal de sansão.

O Brasil já melhorou muito? Já sim! Que bom!
Ainda tem que melhorar? Oxe, e muito.
Preciso fiscalizar a mim mesmo e repensar se minhas ações ferem a dignidade do outro pela sua origem étnico-racial? Sim, todos os dias.

Ponto.

O que o professor fez tá errado?
Sim. Por quê? Porque ele jogou a informação pela metade. Melhoramos MUITO do que éramos, e somos bem menos racistas do que outros países não miscigenados na sua formação. Mas isso não quer dizer que ainda não há racismos, sejam eles planejados ou pela ignorância.
Talvez faltou didática, promover um debate com provocações, ouvir os alunos em suas experiências.
Talvez houve má fé.
Não sei, não vi o vídeo do professor, nem conheço sua história para saber.
Mas o vídeo foi tirado, e acho que o melhor seria esse mesmo professor ser orientado e tentar mais uma vez, quem sabe ele também só era ignorante e precisava aprender.

Agora, mudando de pau pra cavaco, penso que algumas pequenas militâncias cheia de boas intenções mas vazias de conteúdo, acabam por atrapalhar o movimento do que em promovê-lo.
Há uma patrulha que prega nas redes sociais pseudoetimologias para fiscalizar o linguajar alheio.
Outro dia li que não podemos falar CRIADO MUDO porque se refere aos negros mudos que ficavam segurando a água do senhor branco a noite toda em pé. Fonte? Vozes da minha cabeça.
Criado mudo é um tradução mal feita da palavra inglesa DUMB HEITER que se refere mesmo móvel. Heiter (garçon, aquele que serve, servente) Dumb (que pode ser usada tanto para Bobo, burro, quanto para mudo).
O móvel tinha essa função, servir como apoio, mas como não fala, não pensa, não é gente - é madeira - é dumb (bobo, mudo).

Outra muito curiosa também é a pseudoetimologia de "fazer nas coxas" se referia aos escravos que moldavam telhas nas coxas, por isso seria uma expressão racista.
Gente, primeiro que a telha dos tempos coloniais não era nesse formato arredondado que temos hoje. Segundo que qual dono de escravos deixaria um escravo parado, sentado por horas apenas esperando o barro secar e dar formato as telhas?
A expressão "nas coxas" não tem origem definida, os estudiosos tem duas possíveis origens:
- Coito mal feito, para não engravidar.
- O ato de se escrever rápido apoiado nas pernas (alguns poemas e cartas tratavam essa expressão como "perdoe o pressa e a letra, escrevo nas coxas")

Então fica uma coisa meio chata esse comportamento pois não se baseia no estudo história de fato das expressões, e quando desmitificadas, acabam por contribuir com a estigma que tudo que combate o racismo é "militância chata".

Outro comportamento estranho a mim é que ultimamente algumas figuras públicas dizem que não podemos dizer NEGRO e sim tem que dizer PRETO.
Isso é outra tradução mal feita sem contextualização.
Nos EUA "niger" sempre foi pejorativo e "black" foi o termo cunhado pelo movimento de libertação.
No Brasil, o contrário. "Preto" sempre foi pejorativo e "negro" como se refere a raça e não cor, foi cunhado como mais respeitoso.
Ai vem a tia de 60 anos falar "conhece o Paulo? é um negro alto que mora aqui na rua" e falta bater na senhorinha, pois "negro" é pejorativo, ela tinha que ter falado "preto alto".
Vamos parar de importar cultura dos EUA, e vamos ver o que se encaixa melhor na nossa história linguística?
Acho que é mais eficiente lutar contra o racismo considerando como será mais eficaz em cada cultura diferente.

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Fernanda Meirelles
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Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil Empty Re: Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil

Seg Abr 12, 2021 10:48 am
Pelo visto, essa questão foi e ainda continua polêmica.

Primeiramente, racismo é caracterizado como discriminação, seja ela direta ou indiretamente, contra indivíduos ou grupos por causa de sua etnia ou cor.
Depois é válido ressaltar o que viria a ser preconceito: que é ter um conceito sem qualquer conhecimento ou estudo sobre a causa/assunto em questão.
Discriminação é diferenciar ou excluir pessoas ou objetos.

Mesmo com todos esses significados ainda continua sendo ao meu ver , um assunto difícil de ser tratado. Mas vamos tentar...

Acredito que embora somos povos miscigenados o preconceito, racismo e discriminação ainda continuam muito presentes. Mesmo com tantas informações, tantas reportagens ainda continuamos com atitudes prejudiciais ao ser humano.

É válido ressaltar, um caso que aconteceu já tem alguns anos, quando jovens de classe média alta queimaram um índio que estava na rua.
Quando pessoas negras já foram condenadas à prisão, por levar em consideração apenas a cor da pele, sem ao menos ela terem cometido algum crime.
Quando pessoas brancas se sobressaíram, mesmo que as pessoas negras fossem mais competentes.
E assim por diante...
Mesmo o negro tendo melhores condições financeiras ele em diferentes lugares ainda recebe "olhares" diferenciados.

Aí me vem uma dúvida que ainda não consegui solucionar ou esclarecer.

Em vestibulares existem cotas para negros, mas aí não seria discriminação com o próprio negro? Porque sua capacidade mental não é menos que a do branco. Isso daí não os levam a uma certa discriminação?


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LEONINA PRADO
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Seg Abr 12, 2021 6:41 pm
Acredito que o Brasil assim como vários outros países ainda são extremamente preconceituosos, de forma direta ou indireta pelas sociedades, seja no que tange a raça, cultura, religião, status social, etc... ou seja, vários preconceitos ainda estão enraizados em nossa cultura.

Salvo engano, ano passado e começo deste, vários noticiários mostraram atos de racismo, discriminatórios e preconceituosos contra a raça negra, seja no Brasil ou Estados Unidos, enfim, pessoas de cor preta sendo oprimidas e mortas, sem direito a defesa, por serem taxadas pela sua cor de serem supostamente "meliantes"/ "bandidos".

O racismo para além da cor esta entrelaçado a nossa forma de pensar e agir. Mesmo após muito já ter-se discutido e sido esclarecido sobre racismo, atos não discriminatórios ou não preconceitosos, contra a raça negra, o povo negro continua sendo tratado de forma desumana e preconceituosa.

Um professor deve no mínimo ter uma visão ampla sobre o tema a ser abordado em sala de aula, não deve apresentar um assunto com base apenas em sua opinião pessoal, ou sequer minimizar a realidade fática. Deve apresentar a temática aos alunos, considerando todo o seu contexto histórico-social. O passado deve ser relembrado e trazido à tona para compreensão do presente.

Talvez o professor tenha menosprezado a temática por falta de compreensão da história, lamentável. Ou talvez, tenha tentado apresentar e explicar aos alunos uma versão de que não deve haver racismo entre nós, pois somos formados por uma sociedade miscigenada, razão pela qual não deve haver racismo. Pela nota, não fica clara a intenção do professor seja esta culposa ou dolosa.

Acredito que o problema de racismo não seja a falta de informação, mas sim, a falta de postura e atitude, de exemplo e de aceitação, bem como de compreensão da história do povo negro, seja pelos avós, pais, professores, enfim, por toda uma sociedade que deveria ter conhecimento e consciência da trajetória desta raça.

Entendo que, o Estado não faz mais que sua obrigação em oferecer politicas afirmativas para negros, pois por muitos anos os negros/pretos foram oprimidos e viveram em situações desumanas, ou seja, sob gigantesca desigualdade social. Não podemos esquecer a história deste povo e agora querermos tratá-los como iguais. Tratá-los como iguais significa ao mínimo reconhecer as diferenças de trajetória e história passada. Isto posto, não minimiza a capacidade dos negros/pretos face ao branco, é uma tentativa de equipará-los a uma sociedade que não foi forçada ao que esse povo sofreu.
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João Paulo Andrade Vilela
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Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil Empty Racismo no Brasil

Ter Abr 13, 2021 2:39 pm
Boa tarde a todos.

Essa é uma questão extremamente complicada. Assim como pontuado pela Lethícia, também tenho dificuldade em manifestar sobre questões tão sensíveis e nevrálgicas como essa.

De toda forma, é sempre importante encará-las e relembrá-las todos dias. Não é esquecendo o passado ou fugindo dos problemas que conseguiremos melhorar como seres humanos, cidadão e consequente viver melhor em sociedade.

O racismo está a nossa volta todos os dias, convivemos com ele diariamente. O noticiário, as mídias sociais e o nosso próprio cotidiano não nos deixa mentir. Essas e outras questões estão presente em nossa sociedade. Uma ignorância monstruosa.

E a ignorância somente é combatida com educação. Precisamos conhecer nossa história, seja por meio dos livros escolares, por meio de viagens, filmes, visitas |a museus, pela música e pelos movimentos sociais. Para respeitar é preciso conhecer e entender.

A educação inclusiva, o convívio com as diferenças e a política de cotas são ferramentas para a superação de questões como o racismo, o preconceito, a falta de oportunidades.

Isso leva tempo, bastante tempo, mas um projeto educacional bem elaborado e melhor ainda aplicado é o caminho.

Em um futuro nem tão distante, talvez possamos dizer que músicas como as cantadas pelos Racionais MCs sejam somente poesia...

"Tem que acreditar. Desde cedo a mãe da gente fala assim: filho, por você ser preto, você tem que ser duas vezes melhor.
Aí passado alguns anos eu pensei: como fazer duas vezes melhor, se você tá pelo menos cem vezes atrasado pela escravidão, pela história, pelo preconceito, pelos traumas, pelas psicoses... por tudo que aconteceu? duas vezes melhor como? Ou melhora ou ser o melhor ou o pior de uma vez. E sempre foi assim.
Você vai escolher o que tiver mais perto de você, o que tiver dentro da sua realidade. Você vai ser duas vezes melhor como? Quem inventou isso aí? Quem foi o pilantra que inventou isso aí? Acorda pra vida, rapaz!" - A Vida é um Desafio - Racionais MCs.

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Marcílio
Marcílio
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Secretaria de Educação do Rio de Janeiro remove videoaula em que professor questiona racismo no brasil Empty Infelizmente é uma realidade o racismo___continuando

Ter Abr 13, 2021 10:38 pm
Boa noite Professor Túlio e caros colegas.

Em minha provocação com relação as camisetas, o que eu quis dizer é que se o racismo não existisse em pensamento e ações, a camiseta branca pintada com a frase: "100% branco" seria apenas uma camiseta com números e letras. Concordo que poderia ser entendido como uma mensagem de supremacia branca, mas isso só acontece porque ainda existe o racismo enraizado em nossa cultura, seja ela no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e inclusive na África basta lembrarmos do movimento do Apartheid na África do Sul (na época de Mandela). E vale lembrar que: a escravidão começou na África com os negros negociando os negros que eram derrotados em guerras.

Abraços e peço desculpas se fui me fiz entender de forma errônea.

Até nossa aula quinta-feira.
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